segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Balançando por ai...


(Imagem retirada da Internet)

Passado que está o Natal e a poucos dias do final do Ano, é altura de pensar no ano que agora termina.
Em jeito de pequeno balanço, embora sem grande convicção e/ou vontade para ir procurar no blog (no folhas ou mesmo aqui) estive a pensar no que de mais ou menos importante me foi acontecendo ao longo de 2008.
Sem precisar de pensar muito, posso dizer que foi um bom ano. Assim de repente, apenas me lembro de algo verdadeiramente mau, a morte do Tuck, o meu serra da estrela, que morreu de velho, no mês que fazia 13 anos cá em casa.
A nível de saude, da minha e das pessoas mais próximas, foi um ano tranquilo, pequenos sustos, pequenos alertas, pequenas mazelas rapidamente curadas e sempre coisas normais/banais.
Apesar de raramente ir ao cinema, em 2008, vi diversos filmes (a maior parte, dvd's alugados, emprestados ou "sacados" da net e até comprados nos Marroquinos, fui ao teatro (podia ter ido mais vezes, ate porque tinha companhia e convites, mas... às vezes é preciso ter de facto vontade, para conseguir tirar o máximo proveito), ouvi boa e variada musica, descobri interpretes e bandas novas, fui: - pela primeira vez ao Festival de Blues em Viana; - novamente ao de Jazz na praça da Erva; - a Guimarães ao Guimarães Jazz... e com muita pena minha, apenas fui um dia a Vila do Conde, por alturas do Festival de curtas metragens e ainda não foi este ano que vim a Viana aos Encontros de Viana - Cinema e Vídeo e apesar de ter prometido, acabei também por não ir ao Festival Internacional de Marionetas e Cinema de Animação também aqui em Viana.
Ao longo do ano li alguns livros, uns pela primeira vez e outros pela 2ª e até 5ª e muitas mais vezes, desses 23-24 livros que li ao longo do ano, há 3 livros de que me lembro de uma forma especial : -Ensaio sobre a Cegueira, voltar a lê-lo, passados alguns anos, fez-me recuar no tempo e trouxe-me à lembrança pessoas e momentos que não voltam, mas que guardo com o maior dos carinhos; - O Principezinho, pela simplicidade da história, pela beleza da mesma, pela mensagem que retiro a cada nova leitura e também porque se tornou um hábito, de tempos a tempos gosto de o ler e re-ler. Gosto mesmo muito do livro, tenho-o até em duplicado! ; - Nem tudo começa com um beijo, pela curiosidade que tinha em lê-lo, pelo que tinha lido e ouvido falar sobre o livro, pelo titulo - sugestivo ou não, pela história e porque foi emprestado...
Em termos de máquinas, para além das 4 polaroids, comprei também a minha primeira máquina digital, uma Canon G9 e apesar de adorar a máquina e concordar claramente que o digital veio para ficar, continuo a sentir muito mais gozo com as máquinas analogicas e com o "velhinho" preto&branco. Aliás prometi a mim mesmo, voltar a revelar e ampliar lá em casa, mesmo sendo um luxo "caro", é algo que não quero perder.
A nivel de dinheiro, não foi um ano fácil, a crise veio para ficar e a instabilidade de que me queixo tantas vezes, revela-se neste capitulo. Mas apesar de tudo, foi um ano razoavel onde o saldo (mesmo que muito pequeno) foi positivo, consegui colocar no banco, mais do que tirei e só isso já é razão de festa.
Nos amores e desamores, o habitual. Conheci novas pessoas, conheci melhor outras que já conhecia. Vi pessoas sairem da minha vida, sai certamente também da vida de outras pessoas. Fiz amigos, recuperei amigos, vi amizades crescerem. Acho que não fiz inimigos ou me zanguei com alguém, mas... é possivel!
Iludi-me, desiludi-me, apaixonei-me, desapaixonei-me, estive "lá" para algumas pessoas, mas tenho noção de ter iludido e desiludido uma ou outra pessoa, alimentei sonhos e esperanças... mas sem intenção de magoar... às vezes deixo-me levar e sonho acordado e nesses novelos, arrasto sempre alguém que depois acaba magoado. Magoamos quase sempre, quem menos merece...
Outras vezes fui eu a sair magoado, sou orgulhoso e por vezes calo-me, quando deveria falar.
Mas também sou "casmurro", agarro-me a pequenas coisas e pequenos nadas às vezes são verdadeiros alicerces, começos e re-começos e nas minhas ilusões, um sorriso às vezes é um sinal, um carinho é mais do que isso e um simples beijo, deixa-me com dúvidas.
Outras vezes sou eu que me coloco a jeito e sou, talvez, pouco claro e causo eu a confusão. Sei que às vezes sou egoista! Não podiam ser só coisas boas!
Mas dos amigos, os de sempre ou os recentes, não me posso queixar, sou como sou e conheço-os e sei com eles são e no balanço entre ausencias e presenças, o nosso equilibrio
e sempre conseguido.
Em 2008, ficaram sonhos por realizar, viagens por fazer, pessoas e locais por visitar, musicas e concertos por ouvir, beijos por dar, abraços por sentir, coisas por comprar, dormi de mais em alguns dias, dormi de menos em muitos mais, fui feliz, fui infeliz, sorri, andei triste - vivi!
Os anos passam, as marcas começam a fazer-se notar, a piadinha das "boas entradas" começa a ser normal e de facto a "testa" tem crescido, acompanhado as rugas e as marcas do sol. Mas o tempo é incontrolável, tempo é "aquilo que fazemos com ele" e acho que o tenho sabido aproveitar e 2008 foi um bom ano.
Para 2008 ter sido um ano bom, bastava ter falado na minha sobrinha, se não é a mais bonita da Europa é certamente do Mundo :D
2009 será certamente igualmente positivo.
A todos, continuação de Boas Festas e um excelente anos de 2009.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Momento...

... .08

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quase Natal...

Embora nos últimos anos me tenha afastado um pouco da igreja Católica e me tenha tornado aos poucos (e com/por plena consciência) um "descrente" da religião, de padres e doutrinas de uma forma geral, tenho por hábito (talvez como toda a gente) pensar por mim mesmo e aceitar o que acho que devo aceitar e acreditar no que devo acreditar, o mais é fé e quanto a isso não se pode ensinar a ter... é das tais coisas, quem tem : tem, quem não tem...pode vir a ter.
Mas isto tudo para dizer que apesar de cada vez mais a época Natalícia ser uma época de excessos, principalmente a nível das futilidades causadas pela excessiva pressão de se transformar isto tudo numa questão de comercio. É até caricato ir a qq lado e por vezes reparar nas compras que algumas pessoas fazem: perfeitas inutilidades, apenas porque sim, porque se deve comprar ou melhor porque se tem que comprar... enfim, é nestas alturas que me lembro das tardes de sábado em que assistia às catequese e recordo com um certo sorriso de gozo algumas das sábias palavras que ouvi : Perdoai-lhes senhor, que não sabem o que fazem... ou ainda outras ainda mais sábias: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus...
Mas adiante, até porque há cada vez mais gente com o bom senso de ao longo do ano ir distribuindo graças e provocando sorrisos e criando momentos de partilha de afectos e troca de "mimos" em vez de se limitar a esta época e se sujeitar à pressão do dar porque sim!
E eu, pecador me confesso, admito que também me deixo levar um pouco por estas cores, musicas e decorações de Natal e cedo à curiosidade de entrar nas lojas e acabo por sair com sacos na mão e carteira mais leve.
Hoje à hora de almoço, consegui mais uma lembrança, a lista está cada vez mais curta, o que é bom sinal, uma vez que habitualmente deixo tudo para os últimos dias.
Mas voltando ao significado de Natal, por definição seria nascimento e a quadra serviria para celebrar o nascimento do menino Jesus (que já não é menino há muitos anos). Às vezes tenho a sensação que esse aspecto da quadra Natalicia é um pouco esquecida, já há muito que as prendas deixaram de ser trazidas pelo menino Jesus e o senhor da Coca-Cola, o Pai Natal, tomou o lugar.
Bom este ano, a associação "Natal = nascimento" tem ainda mais significado e posso afirmar com total certeza que por aqui e lá por casa, o Natal vai chegar mais cedo, mais propriamente 4ª feira, dia 17. Por volta das 9 da manha, a minha irmã vai dar entrada na maternidade e com certeza ao longo do dia as noticias serão as melhores e certamente no "nosso" 2º Natal deste ano, já teremos a companhia da "Maria" ou pelo menos estará já por casa.

Já não escrevo carta ao Pai Natal, nem ao menino Jesus, há imenso tempo, e este ano volto a não escrever, mas se escrevesse e ao contrário do que acontece aqui no blog, seria muito breve e pediria apenas que tudo corresse bem com a minha irma e sobrinha. Essa será a melhor prenda deste Natal.
Quanto ao resto da prendas, não há nada que de facto queira, não há nada em especial que não receba ao longo do ano e que guardem para me oferecer nesta altura. Sou um "gajo" de sorte é o que é :-)

Muito Boas festas!!!





(Imagem retirada da Internet)


domingo, 14 de dezembro de 2008

Ficam as memorias...

(Zé "Francisco" - Verão 2008)



"Memory - all alone in the moonlight.
I can smile at the old days,
I was beautiful then.
I remember the time I knew what happiness was.
Let the memory live again."

Cats - Memories


Os anos vão passar e vais deixar de querer brincar com as minhas máquinas, terás as tuas e serão com toda a certeza modelos digitais de grande qualidade, cheias de automatismos, botões e milhentas opções que ficarão esquecidas por utilizar nos menus coloridos.
Ao ritmo que a tecnologia avança, não me admira nada que em pouco tempo instalem um qualquer "chip electrónico" que registe automaticamente tudo o que os nosso olhos conseguirem ver, deixando até de existir necessidade de máquinas fotográficas...
Mas muito antes disso, as velhinhas máquinas analógicas vão ser peças esquecidas, falar em negativos e película de filme vai soar tão estranho que quase ninguém vai perceber.
E tudo isso, se calhar até bem mais cedo do que possa imaginar, atendendo que quando peço um rolo de 120mm, me torcem o nariz e dizem que não existe...
Até lá temos que tirar o máximo de fotografias que podermos, revelar o maior numero de negativos que conseguirmos e guardar tudo, bem conservado.
Teremos então as fotografias como prova, de momentos só nossos, de brincadeiras e tardes passadas de volta dos botões, da máquina do avô, que não disparavam, teremos a prova de que tirar fotografias é muito mais do que fazer disparar a máquina e que basta uma fotografia, mesmo que torta, desfocada, cheia de regras quebradas e até cores esbatidas e pálidas para o instante ficar registado para sempre.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Chegou hoje...

(Fotografia retirada da Internet)

Hoje, na volta do correio, chegou o mais novo membro da família Polaroid cá de casa - Polaroid Joycam.
Muito sinceramente, não a acho muito bonita, gosto mais dos modelos tradicionais, mas como o encanto pelas polaroids já começa a soar a espécie de colecção e dado o relativo baixo custo deste exemplar, achei que deveria constar no "ajuntamento" de máquinas e resolvi comprar.
Apesar do modelo ser relativamente recente e tal como todos os outros da marca, já não se fabrica e mesmo os "rolos" só em stock, pois também deixaram de fabricar.
Ainda se consegue com alguma procura, descobrir algumas lojas com possuam para venda, mas os preços são excessivamente elevados e penso que serão mesmo muito poucos os verdadeiros fanáticos por este modelo em concreto e que se disponham a comprar, mas... certamente os haverá!
Depois tiro uma foto com as máquinas "ajuntadas" e coloco.
Não sei bem quando ou qual será a próxima compra, estes dias vi uma outra máquina instantânea, uma Kodak, mas e apesar de ter gostado do aspecto e do modelo, achei o preço exagerado e fiz uma contraproposta... "é ver" se chegamos a um acordo.
Depois mostro... ou não :-)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


(sem título - 12.08)
(#3. flores no Inverno -08)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

( TtV - com Polaroid 1000 - Experiências de cor e luz - 08 )


Descobri estes dias na Internet que há mais como eu :

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Alguém...

(Parafuso perdido - 12.08)

Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado
Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco
Há sempre alguém que nos faz falta
Ahhh, saudade...

Saudade - Trovante

Os dias começam, muitas vezes ao som irritante do despertador, avançam depois a um ritmo muito próprio, às vezes suave, ligeiro, outras rápido como qualquer prova de velocidade e outros ainda que se arrastam à velocidade de um caracol onde tudo parece ser estar contra nós. Por fim terminam e dão lugar à noite, umas vezes animada, outras vezes enfadonha, outras, nem se fala disso sequer.
E o dia seguinte chega, mais ou menos à hora habitual, novo despertar violento, nova correria ou arrasto até à noite, que se estende até novamente ser dia.
E sem darmos conta, o tempo voa, passam-se dias, semanas, meses... anos! Damos conta disso mesmo, de manha ao espelho, nos instantes fugazes entre a escovadela dos dentes ou o alinhar da gola da camisa que tende a saltar para fora da camisola, estilo "aviador". Ou nas fotografias que de vez em quando deixamos que nos tirem.
Por vezes na rotina e pasmaceira da monotonia dos dias deixamos de lado vários aspectos da nossa vida. Damos conta disso mesmo, quando contamos pelos dedos ( e de uma mão só) as relações duradoiras, as pessoas que de facto importaram e mais, quando não conseguimos descrever as razões para não ter funcionado, para as coisas terem terminado e por terem terminado sempre da mesma forma...
Mas nem sempre é tarde, há sempre oportunidade de abrir os olhos, ter um pouco mais de esperança e deixar as pessoas entrarem e fazerem parte da nossa vida.
Há sempre alguém que nos faz falta, há sempre alguém que nos faz pensar um pouco e há sempre alguém que nos diz : tem cuidado... mesmo que não seja por esta ordem, Há sempre alguém que se preocupa! Às vezes é preciso parar um pouco e olhar em volta...

domingo, 7 de dezembro de 2008

Saudades do Verão


(Carreço - Verão 2008)

Apesar do frio, que se fez sentir ainda recentemente, ter abrandado e da chuva hoje ter dado descanso, durante a tarde estive a pensar no Verão. Tenho saudades das tardes de praia, dos dias quentes, dos finais de dia à conversa, das caminhadas, do pôr do sol quase às nove das noite, do cheiro a creme de côco ou de cenoura, de andar de calções e havaianas o dia todo, da areia nos pés, mas acima de tudo da boa disposição que essa altura do Ano provoca às pessoas...


Save Polaroid



"A Polaroid não resistiu à era das máquinas digitais e anunciou ontem o fim das fotos instantâneas. O grupo norte-americano, que inventou as máquinas fotográficas instantâneas, pôs fim a 70 anos de história, ao anunciar já o encerramento de duas fábricas de filmes, nos Estados Unidos. O anúncio partiu de Kyle MacDonald, vice-presidente da Polaroid Corporation , em Nova Iorque, e era há muito esperado, uma vez que a empresa abandonou a produção de câmaras há mais de um ano. As unidades localizadas no México e na Holanda estão também na lista para encerrar a produção até final do ano. A medida afecta 150 trabalhadores nos Estados Unidos, um número que ilustra as dificuldades do grupo, que, ao longo dos últimos 30 anos, foi reduzindo milhares de postos de trabalho. A Polaroid pretende vender a sua tecnologia, por entender que só assim os amantes das fotos instantâneas poderão continuar a fotografar com a tecnologia desenvolvida pela Polaroid. Os stocks dos filmes da marca deverão acabar no próximo ano, advertiu Kyle MacDonald. A empresa foi criada por Edwin Land, e tornou-se mundialmente conhecida devido ao surgimento, em 1948, da primeira câmara instantânea. Após derrotar a principal concorrente, a Kodak, numa batalha de patentes, a Kodak saiu do mercado de câmaras instantâneas em 1986. Agora é a vez da Polaroid.|- L.M." in Dn

Há no entanto muitas pessoas que continuam fascinadas pelas fotografias em quadradinhos, pelas características da película, enfim, pelo gozo da fotografia instantânea sem manipulação digital. E Um pouco por todo o globo há manifestações contra o fim das "polaroid"

"Save Polaroid é um movimento que pretende conseguir a licença dos filmes instantâneos popularizados pela Polaroid, e viabilizar outros fabricantes para a produção dos filmes. O site também abriga informações sobre a história e características técnicas dos filmes e câmeras, além de ações diretas que podem ser utilizadas por qualquer pessoa, assinando petições reunidas requerendo a continuação da produção, baixando modelos de cartões postais para serem enviadas aos fabricantes e postando seus depoimentos sobre a importância da Polaroid em sua vida."

Sinceramente penso que será difícil se não mesmo impossível abrandar a escalada da era digital e preservar as "polaroids" como conhecemos, penso até que em breve, esta paragem de produção se vai estender às outras películas de fotografia, rolos de 120mm e os de 35mm dentro em breve farão apenas parte das memorias e penso mesmo que a fotografia analógica que já é uma espécie de luxo, dados os preços dos químicos, papeis de fotografia e peliculas, vai tender tender cada vez mais a ser um luxo raro e suportável apenas por cada vez menos pessoas. É pena, porque com a era digital perdeu-se muito do encanto da fotografia.
Quanto aos sites e acções, são sempre bem vindos. No site "Save Polaroids" para além das petições que se podem assinar, há também t-shirts e outro material à venda, cujos lucros revertem para a manutenção do site e novas campanhas. Mal não faz, passem por lá.




("Lágrimas" - 12.08)




Neste infinito fim que nos alcançou
Guardo uma lágrima vinda do fundo
Guardo um sorriso virado para o mundo
Guardo um sonho que nunca chegou

Na minha casa de paredes caídas
Penduro espelhos cor de prata
Guardo reflexos do canto que mata
Guardo uma arca de rimas perdidas

Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que conheci...

No mundo onde tudo parece estar certo
Guardo os defeitos que me atam ao chão
Guardo muralhas feitas de cartão
Guardo um olhar que parecia tão perto

Para o país do esquecer o nunca nascido
Levo a espada e a armadura de ferro
Levo o escudo e o cavalo negro
Levo-te a ti... levo-te a ti... levo-te a ti
para sempre comigo...

Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que nunca perdi.

Fim (Dias Que Passam)- Toranja

sábado, 6 de dezembro de 2008


(#2. flores no Inverno -08)
Bem te quero...

"Bola de cristal"


(Bola de Cristal - 12.08)
Amor e Sexo
(Rita Lee / Roberto de Carvalho / Arnaldo Jabor)
Amor é um livro - Sexo é esporte
Sexo é escolha - Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela - Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa - Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão - Sexo é pagão
Amor é latifúndio - Sexo é invasão
Amor é divino - Sexo é animal
Amor é bossa nova - Sexo é carnaval

Amor é para sempre - Sexo também
Sexo é do bom - Amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um - Sexo é dois
Sexo antes - Amor depois
Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora
...
No Amor, como na vida, a sorte é uma companhia sempre desejada.
O futuro depende de nós, do que fazemos por ele e não há bolas de cristal ou espelhos mágicos que revelem o final da história, como acontece nos Fábulas e Contos.
As esperas, as conquistas, as ilusões, os sonhos, fazem parte das escolhas que fazemos, quem gosta cuida, quem ama acredita.
E no final, quem sabe esperar... é recompensado!
Ou pelo menos gosto de acreditar nisso.

From LYRICSMODE.COM lyrics archive


Lhasa De Sela - Con Toda Palabra

Con toda palabra
Con toda sonrisa
Con toda mirada
Con toda caricia

Me acerco al agua
Bebiendo tu beso
La luz de tu cara
La luz de tu cuerpo

Es ruego el quererte
Es canto de mudo
Mirada de ciego
Secreto desnudo

Me entrego a tus brazos
Con miedo y con calma
Y un ruego en la boca
Y un ruego en el alma

Con toda palabra
Con toda sonrisa
Con toda mirada
Con toda caricia

Me acerco al fuego
Que todo lo quema
La luz de tu cara
La luz de tu cuerpo

Es ruego el quererte
Es canto de mudo
Mirada de ciego
Secreto desnudo

Me entrego a tus brazos
Con miedo y con calma
Y un ruego en la boca
Y un ruego en el alma

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008


(#1. flores no Inverno -08)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Uma simples chávena de chocolate...


(Chocolate quente .07 - fotografia digitalizada)


Eu sei que às vezes, tudo parece girar sem sentido, que as coisas acontecem sem qualquer tipo de controlo e que damos por nós embrulhados em algo que até nem sabemos bem o que é.
As mudanças são constantes e muitas das vezes aparecem sem contarmos, sem estarmos preparados ou sem termos um plano b, minimamente definido.
Todos nós temos sonhos, planos traçados, partilhados ou não, mas planos desenhados em papel de sonho, em noites mal dormidas ou até bem acordados. Para tudo é necessário um ponto de partida e por vezes o "norte" que tanto procuramos, anda meio escondido, perdido em remoinhos de coisas que nos vão acontecendo e que fazem adiar essa nossa "partida".
Hoje no regresso a casa, vim a pensar nisso mesmo, nas coisas que acontecem, nas mudanças que de repente vivemos ou que acontecem a alguém que conhecemos... e há pouco, já depois de jantar, ao ver fotografias antigas, ao olhar para esta, lembrei-me do meu regresso a casa de hoje e associei-a ao que pensei.
Lembro-me de a ter tirado, queria registar o movimento do chocolate quente, causado pela colher em contraste com a "situação de repouso" da chávena e da toalha de mesa.
Como fotografia não está grande coisa, está demasiado escura e o objectivo não foi bem conseguido... mas a imperfeição é a minha marca :D
Mas pouco importa, a ideia está lá e o que me importa de facto é ter conseguido associar a imagem aos pensamentos do regresso a casa.
Apesar de não ser importante e longe de poder ser levado a sério, o que "tiro" da imagem é o seguinte : por muito que agite, por muitas voltas que a colher provoque no chocolate, por muitos remoinhos que crie, por muitas mudanças que ocorram, a chávena será sempre a mesma e permanecerá igual!
Por mais voltas que a vida dê ou nos obrigue a dar é bom saber que há coisas e pessoas que estarão sempre na mesma, iguais a si próprias e com as quais podemos sempre contar. ;-)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Longa se torna a espera....


(Auto-retrato - 08 )





Longa se Torna a espera - Xutos e Pontapés


"
E quando...
E quando eu apanhar finalmente
O barco para a outra margem
Outra que finde a viagem
Onde se espere por mim
Terei, terei mais uma vez a força
Para enfrentar tudo de novo "


Estamos mais perto... mas continuamos demasiado longe!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Familia Polaroid aumentou....


O encanto pelo registo de momentos, sob a forma de imagem, acompanha-me há anos e rivaliza com o encanto se não mesmo paixão pela máquina em si. Aliás, costumo dizer que não sei de que gosto mais, se de fotografar, se de mexer na máquina. Às vezes é a mesma coisa :D
Pois bem, depois de uma disputa quase renhida (é o que dá leilões a terminarem de madrugada) consegui vencer o leilão de mais uma máquina, às vezes penso que se não fosse o miau, não teria um terço das quase duas dezenas de máquinas que se encontram cá em casa. Desta vez para além do preço, 5.75€ a vantagem do vendedor ser cá de Braga, permitiu levantar em mão e poupar ainda mais os portes ou seja o negócio ficou mesmo pelo valor do leilão.
Claro está que uma máquina destas apresenta as marcas do tempo, dos anos ao serviço e mais ainda dos anos parada, afinal é uma máquina que foi fabricada entre 1971 e 1977 (pelo que consegui descobrir na Internet).
Tirando algumas carradas de pó, a falta de uns parafusos e uma mola partida a máquina estava à chegada em razoável estado. Depois de limpa e novamente limpa e depois de colocar as molas no sitio e substituir os parafusos, faltava apenas olear a máquina para ficar impecável e assim ficou!
Este modelo Polaroid Miniportrait 402, foi um dos mais utilizados pelas casas de fotografia para "fotografias tipo pass", pois permite tirar 4 fotografias iguais, com as dimensões utilizadas em documentos e assim. O funcionamento é um pouco como as máquinas lomo, modelo Action Sampler , a máquina possui 4 lentes, com 4 obturadores independentes. Deve ser giro tapar alternadamente diferentes lentes, o efeito deve ser giro, tenho que experimentar.
Bom e com esta aquisição, a família polaroid cá de casa aumentou, continuando a faltar a mítica Polaroid SX-70, mas não está esquecida :-)
Apenas acrescento que ao contrário das outras 4 que já tinha, que se tratavam de máquinas de facto portáteis e bastante leves, esta mais recente, é um modelo tipicamente de estúdio, aliás a "sapata" p/ tripé é enorme, a máquina é bastante pesada e inclusive pouco pratica de manusear sem apoio de um tripé. É um verdadeiro "canhão", como se pode ver até pelo punho que possui.
É no entanto uma máquina engraçada, em relativo bom estado, perfeitamente funcional, em todas as aberturas e velocidades de diafragmas e que possui também por isso um interesse elevado. Não sei se será fácil encontrar rolo especifico para esta máquina e certamente será caro, mas já me lembrei de experimentar directamente com papel de fotografia a servir de negativo directo... mas serão "brincadeiras" a fazer noutra altura.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Coisas complicadas


(Foz do Neiva - 11.08)


O Sopro do coração : letra - Sérgio Godinho

Sim, o amor é vão
É certo e sabido
Mas então (Porque não)
Porque sopra ao ouvido
O sopro do coração
Se o amor é vão
Mera dor mero gozo
Sorvedouro caprichoso
No sopro do coração
No sopro do coração

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
Corpo no turbilhão

Sopra doido
E o que foi do
Corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras

Corto em dois limão
Chego o ouvido
Ao frescor
Ao barulho
À acidez do mergulho
No sangue do coração
Pulsar em vão
É bem dele É bem isso
E apesar disso eriça a pele
O sopro do coração
O sopro do coração

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
Corpo no turbilhão

Sopra doido
E o que foi do
Corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras


Habituei-me a ouvir chamarem-me de complicado, foram várias as pessoas que mo disseram. Nunca me achei dessa forma, fui descobrindo o que sou e a forma como estou na vida e com as pessoas e mantive-me sempre fiel ao que acredito e procurei sempre: ser feliz e no caminho fazer as outras pessoas sentirem-se bem comigo. Descobri cedo, que a sinceridade e a frontalidade, são "bens preciosos", que escasseiam e com isso, aprendi a defender-me... a desconfiar.
Talvez por isso, me chamem complicado, por saber bem o que não quero, mesmo sem saber bem o que quero! Não vejo mal nenhum, saber o que não quero, é no meu ponto de vista, meio passo em frente e claramente melhor do que ficar estático, sem saber o que se quer ou o que não se quer...
Quando gosto...gosto e ponto final! Faço questão de o mostrar, revelo-me e dou-me na medida maior que conheço : sou sincero!
Com as ultimas pessoas, descobri que nem sempre sou percebido e que as pessoas não procuram todas o mesmo ou simplesmente não se importam tanto com os outros, como eu imaginei e isso deixou marcas, desconfianças e inseguranças.
E talvez por isso, mudei. Penso muito mais agora, antes de dizer alguma coisa, de fazer o que quer que seja, reservo-me mais...
E também, talvez por isso, exijo mais dos outros, não escondo que não esqueço as coisas e que a confiança só se quebra uma vez...
E com tudo isso, sou hoje, muito mais ponderado do que era e sinto necessidade desse equilíbrio, dessa forma lenta de avançar, dessa confiança que se constrói, desse ritmo lento da conquista e do conhecimento.
Por outro lado, sinto a falta da insegurança, das borboletas no estômago, da sensação de euforia, de sair a correr e esquecer responsabilidades e de acreditar que uma boa noite de sono resolve até a maior das asneiras...
Não sei se sou de facto complicado... mas até talvez seja!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008


(rumo à praia - 11.08)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008


Reflexos - 11.08


"Pões-me a cabeça a andar à roda..."

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Detalhes...


(Detalhes de folhas - Novembro, 2008)


Há algo em ti que me cativa, não sei se é o olhar meigo, se a forma doce como às vezes me falas, se o modo cúmplice com que me ouves, se é o teu lado sonhador ou o teu lado realista, de quem sabe o que quer e o que precisa fazer.
Mesmo ao longe, destacas-te da multidão... eu pelo menos consigo descobrir-te, no meio da praça cheia de gente ou até no carro, quando combinamos um café e apanhas fila ao estacionar.
Há quem não perceba esta meu encanto, quem não te veja com os meus olhos, quem não te conheça...
Mas também não explico, são pequenos detalhes que só alguém como eu que te observa em cada gesto, que te guarda em cada olhar, pode perceber. É preciso conhecer-te.
Ao longe, poderás até ser igual a tantas outras pessoas, mas ao perto... és única!


Fim de tarde em Viana

(Navio Gil Eannes - Viana do Castelo, 11.08)

O Sol do fim de tarde, banha a cidade dando-lhe um tom dourado, tão típico desta época. Ao longo de todo o passeio, que acompanha o cais e a zona das docas e são várias as pessoas que aproveitam o final de um dia cheio de luz e de temperatura bem amena, para passearem por ali. É bom ver a cidade assim, cheia de movimento, de gente nova e outra nem tanto assim, mas com vida e sorrisos nas faces. É este "lado" da cidade, que cada vez me encanta mais e me faz sentir que Braga será sempre uma cidade de passagem.
Ao sol o Navio Gil Eannes, tem um encanto ainda maior. É um dos pontos obrigatórios de visita, para quem vai a Viana, pela sua história, pelas suas histórias, pelo que significa para Viana e Portugal, merece ser visto e conhecido. Está há 10 anos ancorado na antiga doca comercial de Viana e para além de navio museu é ainda uma pousada da juventude . São imensas as histórias deste navio, foi navio hospital, navio correio, navio quebra gelo, até rebocador e muito mais, tudo isso pode ser descoberto aqui, mas sem dúvida que ao vivo tem outro encanto. Recomendo a visita, até porque tenho impressão que em breve o bar do navio, vai abrir (se não abriu já) ao público, com uma "cara lavada" e um ambiente ainda melhor.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Coisas dos "antigos"...

(Menhir de S. Paio de Antas - Novembro, 2008)

Um pouco por todo o Pais, podemos encontrar vestígios de povos antigos, gente que antes se passeou por este cantinho de terra, à beira mar plantado!
Certamente influenciado pelo meu pai e pelas suas conversas sobre História, não fosse professor e apaixonado por esta disciplina, desde miúdo que me lembro de procurar, visitar e conhecer locais, monumentos, vestígios, o que seja, que ainda conservam um pouco da vida dos "antigos".
Na zona Norte do Pais, é relativamente fácil encontrar esses vestígios. Um destes fins de semana, procurei e descobri um dos poucos "menires" ou "menhires", cuja existência ali na zona, tenho conhecimento, em Sampaio de Antas - Esposende.
A sinalização é clara, até certa altura e o local do "monumento" está razoavelmente tratado, arranjado, penso que falta apenas uma informação mais detalhada, data, período histórico, o que fosse, que faça referencia à historia e à origem do monumento.


Ali na zona, tenho curiosidade em ver : as mamoas de Agra das Antas, da Barraca do Taco e Soleimas, mas é algo a procurar, aliás é uma freguesia com bastantes pontos a visitar, vejam a lista, aqui.


"Menir, também denominado perafita, é um monumento pré-histórico de pedra, cravado verticalmente no solo (ortóstato), às vezes de tamanho bem elevado (megálito denominado menir). (informação da Wikipédia)


ps. (em modos de "private joke") a contar com a praia e agora com o menir, em Sampaio, não faltam "calhaus"!

Teimosia? Não, paciência!


(Construções ao vento, Novembro, 2008)


Ás vezes, até eu me pergunto, porque continuo a tentar...
Por teimosia? Não, por paciência!

Perguntas no vento...


(Malmequer - Novembro, 2008)

- Bem me queres - Mal me queres ...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Trivialidades...


(Braga - Junho 2007)


"Quando se coloca um espelho à frente de uma pessoa e se lhe pergunta: -O que é que vês?; toda a gente responde: -Vejo-me a mim!
É curioso como quase ninguém responde: -Vejo um espelho!"

Ás vezes, o que procuramos está tão à nossa frente, que passamos por ela sem a ver...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

De longe até parece...





(Lago do Bom Jesus - Braga, Novembro 2008)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sobrinhos...


(Zé "Francisco" - a partir de fotografia de negativo, 11.08)

Encantei-me por ti, na primeira vez que te vi. Apaixonei-me ao ouvir-te o coração, em batidas suaves e ritmadas, com a definição que a gravação da ecografia permitia. Ainda tu crescias, na barriga da tua mãe e já eu te imaginava crescido.
Quase 4 anos depois, as emoções repetem-se, os sonhos são agora com a tua irmã, que chega em breve. A "mana" como tu já chamas, encantou-me da mesma forma que tu fizeste.
As maravilhas da tecnologia, permitem que as ecografias sejam já em 3D, permitindo uma imagem quase perfeita, cheia de detalhes do pequeno ser que ai chega.
Essas mesmas maravilhas da tecnologia, permitem avançar já com a data e de acordo com a médica, dia 26 de Dezembro será dia de festa... se a "pequena" Maria, quiser esperar até lá...
Em breve vou passar a ser tio no plural, vou passar a dizer sobrinhos!
Este ano o Natal vai ser diferente, vai ter um encanto maior!!!

Vale a pena conhecer...

(Em contra luz - Agosto, 2008)

As pessoas revelam-se ao seu ritmo, não ao nosso! Foi algo que fui descobrindo com o tempo e no convívio com outras pessoas. Há pessoas que se revelam com facilidade, nos primeiros encontros, nas primeiras conversas, nas primeiras impressões. Outras há, que se guardam, que esperam o momento certo, que preferem conhecer primeiro, antes de se darem a conhecer, com a dose diária recomendada!


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Em dia de S. Martinho





Em dia de S. Martinho, não faltaram as castanhas, acompanharam os rojões e até batas fritas arranjei. Ficou a faltar a jerupiga, não quis abrir a garrafa, nunca gosto de beber sozinho.
Sempre gostei deste dia, da fogueira que se fazia lá em casa, das "pinturas" com as mãos enfarruscadas que fazíamos uns nos outros, das castanhas assadas e das cozidas com erva doce.

Em Viana, não me lembro de ver vendedoras de castanhas na rua, aqui em Braga no centro haverá umas 3-4 pessoas, mas imagino que não haja muita gente a dedicar-se ao negocio. Possivelmente será mais uma das profissões (e tradições) que em breve irá desaparecer e passará a existir apenas nas lembranças de cada um.

"No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho." - Ditado popular

Toca & Foge


Alguém que olha e depois sorri
Isso é um toca & foge
Alguém que lembras sem fixar o rosto
Isso é um toca & foge
Alguém que amaste sem saber o nome
Isso é um toca & foge
Alguém que parte sem dizer adeus
Isso é um toca & foge
E quantas vezes não tentaste parar
E quantas vezes não quiseste travar
Jogar as mãos, tentar agarrar
As coisas boas desta vida à toa
Toca & foge
Puta de vida, tu és um toca & foge


letra: Tim
música: Xutos & Pontapés

Com Fafe...

"Com Fafe ninguém Fanfa"

Esta frase, pode até parecer estranha a muita gente, mas a verdade é que a realidade é só uma.

"Cerca de três centenas de manifestantes, entre alunos e professores, obrigaram esta tarde a Ministra da Educação a abandonar a cidade de Fafe, sem cumprir o evento que tinha programado. Com palavras de ordem e ovos, os protestantes nem deixaram a ministra pôr o pé fora do carro.

Maria de Lurdes Rodrigues tinha programada a presença na entrega de diplomas a mais formandos do Centro de Novas Oportunidades da Escola Profissional de Fafe. À chegada ao Estúdio Fénix, local marcado para a sessão, Maria de Lurdes Rodrigues deparou-se com a manifestação."

(...)


Ainda dizem que os alunos não se preocupam com a Sra. Ministra, há gente a pagar balúrdios por máscaras de beleza à base de ovos e quando são os alunos a oferecer... a senhora nem sai do carro! Não se faz! Com desfeitas destas, como é que pode haver bom ambiente????

É fácil falar bem... :D

(Silhueta - Novembro, 2008)

Sou como sou!
Às vezes sinto-me enorme, capaz de tudo, de alcançar qualquer sonho e por isso sonho mais e mais e projecto nos outros o que procuro para mim. Nem sempre me percebem...
Outras vezes sei-me pequeno, simples de mais, despercebido aos projectos e sonhos de quem me olha... sem me ver.
Não mudo por ninguém, não sei ser diferente, digo o que sinto, quando sinto, mostro-o... à minha maneira.
Sou grande para alguns, normal para outros e pequeno para os restantes. Mas sou assim, sem saber ser diferente, sem querer ser diferente.
Rodeio-me de quem gosto, procuro quem me perceba e desvio-me de quem pouco importa.
Não me esqueço, vou antes perdoando como posso, entendendo quando posso e o que me explicam e não julgo ninguém.
Apresento-me com um sorriso, olhos nos olhos e disposto a ouvir, não espero mais do que dou e rio-me de quem não percebe e se julga superior.
Escondo-me em mim mesmo, mordo os lábios se preciso, não me desgasto com quem não merece, mas esgoto-me e dedico-me, quando acredito em alguém e sou-lhe fiel.
Passo facilmente por "anti-social", troço até de cabeças vazias, de ideias parvas ou atitudes sem nexo.
Gosto de palavras e de frases sentidas, de conversar com quem sabe escutar.
Perco-me pelas pessoas e tenho dificuldade em seguir em frente, em desistir de alguém.
Mas também sou egoísta, "mudo" e "surdo", quando quero ser... aprendi a sê-lo!

domingo, 9 de novembro de 2008

Final de domingo

(Jantar - Novembro, 2008)

Os jantares de domingo por hábito desde há já vários anos e tirando algumas excepções, são normalmente refeições mais leves, sopa, leite e cereais ou pão. Por norma o domingo é dia de almoço em família, com um almoço mais demorado e onde as sobremesas nunca faltam e ajuda a compor a refeição. Hoje e porque o almoço não foi em família, aproveitei o facto de ter estado por casa durante a tarde e depois de alguns exercícios de respiração e alongamentos (voltei a tentar fazer Yoga, ou melhor, tentei repetir as posturas que me consegui lembrar), aproveitei para "limpar" o congelador e acabei por fazer jantar.
Gratinado de legumes com frango e tiras de presunto, com chã branco acompanhar.
O dia hoje foi tranquilo, aproveitei a manhã para algumas prendas de Natal, já "despachadas" estão as prendas para os mais novos, para o meu sobrinho e para a sobrinha que está para nascer. As próximas, vão ser mais complexas, vão exigir uma atenção e uma procura bem maior.
O Porto acabou de ganhar o jogo ao Sporting, os penaltis são uma lotaria, mas cada vez me convenço mais, que já gostei mais de futebol. Vi o jogo todo e apesar de alguns lances de bom futebol, um jogo com tantos cartões, com 3 expulsões, simulações e erros dos árbitros, tende a perder encanto.
Enquanto escrevo e oiço Jeff Buckley no álbum Grace, beberico mais um pouco de chã e dou cabo dos biscoitos de limão que trouxe ontem do centro. Preparo-me aos poucos para terminar o dia, tenho já o pijama a aquecer no radiador e tenho uma infusão de folhas de eucalipto a perfumar o quarto (pode parecer estranho, mas aquece o ar e deixa um aroma fresco a eucalipto no ar).
Com a referencia à estreia do filme, voltei a pegar no único livro de Saramago que li até ao final e que adorei, Ensaio sobre a Cegueira e hoje vou tentar ler mais um pouco. É sempre bom lembrar que : "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara"!

sábado, 8 de novembro de 2008

A verdadeira Nacionalidade...

(maças Starking - Novembro, 2008)

"Qual a Nacionalidade de Adão e Eva?
Um alemão, um francês, um inglês e um brasileiro apreciam um quadro
retratando Adão e Eva no Paraíso.
O alemão comenta: - Olhem que perfeição de corpos: ela, esbelta e espigada; ele com o corpo atlético e músculos perfilados… Devem ser alemães.
Imediatamente, o francês contesta: - Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende das figuras… Ela, tão feminina… ele, tão masculino. E a percepção da tentação que em breve virá… Devem ser franceses.
Movendo a cabeça numa negativa, o inglês dá seu aparte: - permitam-me discordar! Notem a serenidade dos seus rostos, a delicadeza da pose, a sobriedade do gesto. Por tais características, deduzo que sejam britânicos.
Depois de mais alguns segundos de contemplação silenciosa, o brasileiro declara: - Vocês todos estão enganados. Olhem bem: esses dois não têm roupa, nem sapato, nem casa, e só têm 1 única maçã para comer. Estão na merda mas não protestam… Ainda estão pensando em sacanagem… E pior, acreditam que estão no Paraíso. Só podem ser brasileiros!"

Vi aqui.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Doces lembranças

(Doces lembranças - Novembro, 2008)

Encontrei-as um pouco por acaso, procurava pão de forma, daquele sem côdea, um pouco mais caro, mas que fica melhor na máquina das tostas.
Achei-as diferentes, com uma nova apresentação, nova embalagem, novo nome e agora com adereços, umas raspas de cor a enfeitar o topo, sinais dos tempos, talvez!
Há tanto tempo que não as via, que não resisti a mete-las no cesto e o resto das compras foram sendo cuidadosamente colocadas no cesto, nada as podia amassar, estalar ou até partir a cobertura... isso, estava destinado desde o início a ser feito por mim.
Ao pagar, a senhora ao pegar na caixa para ler o código de barras, não resistiu a olhar-me e a sorrir, comentou qualquer coisa que não percebi, mas limitei-me a franzir a testa e a esboçar aquele sorriso meio estúpido, de quem não percebeu a piada, mas acha que se deve rir... apenas porque sim ou porque se estão também a rir.
Já em casa, depois do jantar, ultrapassado o complexo de culpa, pela substituição da maça, peguei numa, depois noutra e noutra ainda e finalmente consegui controlar-me e parar por ali.
"Bombocas", ou "Beijinhos" como agora se chamam, levaram-me à infância, às idas às compras com a minha mãe e irmã e aos dias de "festa" em que tínhamos a sorte , de ter direito a uma destas delicias. Lembro-me que demorava imenso tempo, a comer cada uma, prolongava o momento, primeiro o topo, a cobertura de chocolate, depois o recheio, morango ou baunilha, não me lembro se havia mais, depois o resto da estrutura de chocolate e por fim a bolacha que serve de base. Algo que demora menos de 10 segundos a fazer, prolongava-se por minutos... acho eu, porque esta coisa das memorias, às vezes não é bem como escrevemos.
Pequenas coisas, como uma "bomboca", um chocolate ou um rebuçado, às vezes levam-me ao passado, trazem memorias de outras coisas, de outros momentos e pessoas, também vos acontece?

Encantado...


(auto-retrato, Novembro 2008)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Final do dia...


(Cabedelo - Viana do castelo - Outubro, 2008)

Hoje apeteceu-me voltar ao Verão, aos passeios e caminhadas no final da tarde, ao calor e descontracção das tardes na praia, à liberdade que só os calções e os chinelos permitem...
Ao final da tarde, deste dia frio, em que as nuvens cinzentas ameaçaram chuva desde manha, a sensação de arrepio ao chegar a casa e senti-la vazia, fria, foi desagradável, fez-me querer o Verão e trouxe-me memorias dessa altura.
Hoje, não te vi e isso fez o dia ser ainda mais frio, um dia de Outono imitando um de Inverno.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Pode acontecer


(Mosteiro Tibães - Abril 2004)

Conheceram-se, numa festa de amigos comuns, trocaram olhares, sorrisos e algumas palavras ao longo do Jantar e durante a noite. Ao despedirem-se, ficaram os dois com uma estranha sensação de vazio.
Nos dias seguintes, cada um, na sua timidez, limitou-se a esperar que fosse o outro a ligar e o tempo foi passando e o vazio que cada um sentia, aumentou, cresceu e resultou em vontade de voltarem a estar juntos... em conhecerem-se.
As perguntas aos amigos, as desculpas para tanta curiosidade, os pretextos para falarem um no outro e a cada instante puxarem o assunto, denunciaram o interesse comum...
Novo jantar de amigos e acontece o re-encontro. Os olhares cruzaram-se logo à chegada e os sorrisos nervosos foram motivo de outras conversas e razão para se aproximarem.
O comentário de um:- podias ter ligado!; foi a resposta do outro:- e tu devias ter ligado...
Foi o ponto de partida, para uma noite de conversas, de revelações, de mutuo conhecimento. Foi também o começo de algo maior...
Cada um passou a fazer parte da vida do outro.
Sem saberem como, duas pessoas estranhas, conhecem-se numa festa, descobrem entre si traços comuns, sonhos, defeitos, inseguranças...
Os amigos, sem saberem como, juntaram-nos.

"Há coisas fantásticas não há?"

terça-feira, 4 de novembro de 2008

ilusão

("lágrimas" nas pétalas - Setembro, 2008)


Raramente as coisas são como parecem, estas "lágrimas" por exemplo, não são mais que gotas de água, pulverizadas por mim para dar frescura à planta.

Farol de Montedor

(Farol de Montedor - Carreço - Agosto 2008)


local: Montedor
Altura: 28 m
Altitude: 103 m
Luz: Fl (2) W 9.5s
Alcance: 22 M
Óptica: 3ª ordem 500 mm
Ano: 1910

Mais informação sobre o farol aqui


Escadas apertadas, pequenas, acabadas de "engomar" e gente com "stress" com as alturas, ainda mais com uma máquina fotográfica emprestada na mão... normalmente não dão bom resultado. Mas correu bastante bem, degrau a degrau, sempre o mais agarradinho possivel e pedindo a todos os santos que não ajudassem nem na subida nem na descida, lá consegui subir, estar lá em cima, tirar fotos, descer, sem nenhum arranhão, nem pedido de socorro. A vergonha de ficar mal visto, superou o meu medo pelas alturas :D

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Assim é que era... dava para tudo!



(Eu-zes - Novembro - 2008)

Poema de Pessoa


(borboleta - Agosto de 2008)

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.

Passa uma borboleta - Fernando Pessoa

Alternativas...

(Parque eólico de Outeiro/Carreço - Junho de 2008)

O som das pás a rodarem ao vento, o barulhos dos garranos ou o das rãs nas poças bem perto e um ou outro grilo, sãos as únicas coisas que se notam para além do silêncio. Lá em cima, parando o carro, sim porque o paralelo primeiro e a "brita" dos caminhos do monte fazem soar e testam cada parafuso, amortecedor e demais peças de qualquer carro, mas como dizia, parando o carro, passam-se largos minutos em que para além do que é natural e próprio do lugar não se ouve mais nada, nem pessoas, nem carros, nem outros animais...
Neste momento são 9 as torres, mas em breve o parque irá aumentar, contribuindo assim para aumentar o aproveitamento de energias limpas e alternativas.

domingo, 2 de novembro de 2008

Hoje de manhã fui a...


Antas - Sampaio -Novembro 2008


Antas - Sampaio - Novembro - 2008


sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Folhas de Outono



(Folhas de Outono - Braga-Outubro 2008)