quinta-feira, 30 de junho de 2011

(gelado e companhia - 30.06 - Canon g9)

Acho que sentimos todos o mesmo, nos primeiros dias de férias ou melhor naqueles primeiros dias em que ainda não são bem férias, mas que o trabalho já não é o mesmo, acabamos por andar um pouco perdidos, a vontade e as ideias são muitas, mas disponibilidade ainda não é total e então acabamos por andar meios a "dar água sem caneco". Pelo menos a mim acontece-me isso.
Normalmente aproveito essas alturas, para pequenas grandes limpezas, dou por mim de volta de armários e gavetas, de capas e cadernos ou de volta do frigorífico. Hoje a tarde (não toda) vai ser dedicada ao arrumo e limpeza, comecei pelo frigorífico, que pretendo descongelar e limpar. E portanto tenho que acabar com o que lá tenho dentro, comecei pelo gelado, gelado de meta e chá verde, juntei-lhe "telhas" de amêndoa e raspas de torrão de alicante e pronto!
Para quem no post anterior diz que não gosta de comer... este post, pode parecer que sou contraditório... e sou :-), a verdade é que gosto de comer, pequenas porções, provar, debicar pequenas quantidades...
(Jantar de dia 29.06 - CanonG9)

Não gosto de comer e não conheço mais ninguém que se canse a comer, que se sinta cansado de mastigar a meio do arroz de frango, das batatas fritas do Macdonalds ou logo no inicio da sopa. 
Na maioria das vezes as refeições são sinónimo obrigação, algo a que me obrigo porque sei que as tenho que fazer. E confesso que em muitas das vezes, acabo até por saltar pratos e fico-me por meia refeição. Não que tenha assim tanta falta de tempo ou até algum distúrbio alimentar, felizmente não é nada disso, simplesmente: raramente tenho fome, muito mais raro ainda sinto vontade de comer este ou aquele prato e de me empanturrar com alguma coisa então... nem me lembro de isso acontecer.
Mas gosto de comida, gosto de preparar, de fazer adaptações a receitas que descubro, de experimentar pratos e acima de tudo de ter gente à mesa, de cozinhar para alguém! Não que seja um especialista, não é por ai, mas é como o meu pai diz : "As refeições devem ser sempre um acto social e deve haver sempre tempo e vontade para a conversa...", escusado será dizer que o meu pai também não é grande amante da comida e que é quase sempre o último a terminar, tal é o seu vagar e capacidade de puxar assuntos e estender a conversa.
Gosto dos jantares tardios, dos encontros de amigos, das conversas entre pratos, das sobremesas e do vinho entre sorrisos e olhares bem dispostos, gosto dos encontros, dos "ajuntamentos", nem tanto da comida, pois essa é a menos importante. 
Gosto de ir às compras, de passar pelo talho, de olhar para o peixe, de tocar nos legumes, de perguntar o nome das ervas aromáticas e qual a utilização, imagino pratos e recordo receitas a experimentar, pego nos vinhos e associo a pratos, a comidas e mais... a pessoas! Não sei se alguém mais faz isso, mas por norma mesmo não perguntando e não tendo bem a certeza se é assim ou não, tenho uma lista de pratos, de comidas preferidas associados à maioria dos amigos mais próximos, gosto de pensar que os conheço bem, que os conheço a esse ponto de saber acertar na refeição que lhes agrada... E não estou a pensar em piza, sim porque piza é piza, toda a gente gosta, sendo melhor ou pior, piza é sempre boa, com mais ou menos ingredientes ou até fria de estar no frigorífico, não conheço ninguém que resista a uma dentada.

Não sei se de facto somos aquilo que comemos, se assim for...não sou grande coisa: como pouco!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

(Bom Jesus - Braga, dia 1 de Fevereiro 2011 - Fotografia tirada com o telemóvel)

"Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento rectilíneo e uniforme, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças a ele impressas." - 1ª lei de Newton ou principio da inércia...

Por mim, continuamos em repouso, esquecemos as leis da Física e ignoramos as pessoas à volta...

domingo, 26 de junho de 2011

"A Tristeza dos Portugueses Porque é que os portugueses são tristes? Porque estão perto da verdade. Quem tiver lido alguns livros, deixados por pessoas inteligentes desde o princípio da escrita, sabe que a vida é sempre triste. O homem vive muito sujeito. Está sujeito ao seu tempo, à sua condição e ao seu meio de uma maneira tal que quase nada fica para ele poder fazer como quer. Para se afirmar, como agora se diz, tão mal.
Sobre nós mandam tanto a saúde e o dinheiro que temos, o sítio onde nascemos, o sangue que herdámos, os hábitos que aprendemos, a raça, a idade que temos, o feitio, a disposição, a cara e o corpo com que nascemos, as verdades que achamos; mandam tanto em nós estas coisas que nos dão que ficamos com pouco mais do que a vontade. A vontade e um coração acordado e estúpido, que pede como se tudo pudéssemos. Um coração cego e estúpido, que não vê que não podemos quase nada.Aí está a razão da nossa tristeza permanente. Cada homem tem o corpo de um homem e o coração de um deus. E na diferença entre aquilo que sentimos e aquilo que acontece, entre o que pede o coração e não pode a vida, que muito cedo encontramos o hábito da tristeza. Habituamo-nos a amar sem nos sentirmos amados e a esse sentimento, cortado por surpresas curtas, passamos a chamar amor. E com verdade. No mundo das ausências, onde a tristeza vem de sabermos muito bem o que nos falta, a nós e àqueles que nos rodeiam, a bondade, que nos torna vulneráveis aos sofrimentos daqueles que nos acompanham e nos faz sofrer duas vezes mais do que se estivéssemos sozinhos, é o preço que pagamos por não sermos amargos. É graças à bondade que estamos tristes
acompanhados. Há uma última doçura em sermos tristes num mundo triste. Igual a nós."

Miguel Esteves Cardoso, in 'As Minhas Aventuras na República Portuguesa'

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vi aqui

segunda-feira, 20 de junho de 2011



(vi aqui )

segunda-feira, 6 de junho de 2011

(5.6.2011 - CanonG9)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

(Abril11 - canonG9)