"flor" - Agosto 2008
Olho-te nos olhos e sinto-te nervosa, mexes na bolsa à procura de algo que não encontras e insistes na busca... duvido até que procures de facto alguma coisa. Baloiças a cadeira, de um lado para o outro e foges ao meu olhar, olhando as mesas à volta.
Bebeste à pressa, o pingo quase a ferver, fugindo à conversa, evitando as respostas...
Revelas mais do que gostarias, ou então sou eu que te conheço já muito bem e sei quando ficas nervosa.
Dou-te espaço e mudo de assunto, sem deixar de te olhar nos olhos, pois esses não mentem e revelam-te sem disfarces.
Desembrulhas sem pressa o rebuçado que acompanhou o pingo e noto que me olhas desconfiada.
Adivinho-lhe o sabor, pelo cheiro a framboesa com que agora, adoças as palavras.
O meu chã, vai arrefecendo ao ritmo com que passo a chávena de mão em mão, num vicio antigo, de brincar com as chávenas ou copos enquanto espero que as bebidas "amorneçam".
E de repente, puxas tu a conversa e confessas o que sempre soube, como uma flor que se abre ao sol e se revela com calma...
Também gosto de ti.
Bebeste à pressa, o pingo quase a ferver, fugindo à conversa, evitando as respostas...
Revelas mais do que gostarias, ou então sou eu que te conheço já muito bem e sei quando ficas nervosa.
Dou-te espaço e mudo de assunto, sem deixar de te olhar nos olhos, pois esses não mentem e revelam-te sem disfarces.
Desembrulhas sem pressa o rebuçado que acompanhou o pingo e noto que me olhas desconfiada.
Adivinho-lhe o sabor, pelo cheiro a framboesa com que agora, adoças as palavras.
O meu chã, vai arrefecendo ao ritmo com que passo a chávena de mão em mão, num vicio antigo, de brincar com as chávenas ou copos enquanto espero que as bebidas "amorneçam".
E de repente, puxas tu a conversa e confessas o que sempre soube, como uma flor que se abre ao sol e se revela com calma...
Também gosto de ti.
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