sexta-feira, 10 de dezembro de 2010



Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill

"Há por vezes coicidencias que me deixam a pensar. Mariza... esteve presente nos últimos teus emails que recebi...
Curioso este fado, que ouvi no momento que que te li... curioso... pelas palavras...
Há já muito tempo que nao o fazias, há ja muito tempo que não te escrevia também. Gostei de te ter lido... já ha muito que nao acontecia e talvez por isso, senti este teu email de uma maneira diferente, por momentos consigo imaginar-te á minha frente e a dizer as palavras que li... imagino-te os sorrisos e os gestos expressivos das mãos e olhos...
Curioso... pois há tanto tempo que nao te vejo e acho que consigo advinhar-te a roupa, o penteado, os tiques, o perfume... o relogio com que estarias aqui a dizer-me as palavras que li.
Foi bom ter-te escrito, melhor ainda teres respondido.
Desejo-te o melhor..."

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