quinta-feira, 6 de janeiro de 2011



Será que ainda me resta tempo contigo,
ou já te levam balas de um qualquer inimigo.
Será que soube dar-te tudo o que querias,
ou deixei-me morrer lento, no lento morrer dos dias.
Será que fiz tudo que podia fazer,
ou fui mais um cobarde, não quis ver sofrer.
Será que lá longe ainda o céu é azul,
ou já o negro cinzento confunde Norte com Sul.
Será que a tua pele ainda é macia,
ou é a mão que me treme, sem ardor nem magia.

(...)
Será - Pedro Abrunhosa


Não esperava ver-te e muito menos encontrar-te tantas vezes numa só semana. Do nada tu apareces e voltas a deixar-me a pensar e não gosto disso, não gosto de me sentir assim, não posso deixar que me deixes assim... mas deixas! Ainda me deixas assim. 
Tu chegas e do nada apagas a distancia, esqueces o que foi dito e o que ficou por dizer e baralhas-me, confundes-me e enrolas-me com palavras doces, olhares meigos e silêncios arrastados que procuram palavras minhas.
Chegas e de novo me fazes pensar no que já pensava esquecido.
Brincas comigo e eu... eu deixo.
Esqueço-me do tempo que passou, no que dissemos, no que fizemos, na distancia que entretanto se instalou, em tudo... ou tento pelo menos...

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