sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Coisas complicadas


(Foz do Neiva - 11.08)


O Sopro do coração : letra - Sérgio Godinho

Sim, o amor é vão
É certo e sabido
Mas então (Porque não)
Porque sopra ao ouvido
O sopro do coração
Se o amor é vão
Mera dor mero gozo
Sorvedouro caprichoso
No sopro do coração
No sopro do coração

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
Corpo no turbilhão

Sopra doido
E o que foi do
Corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras

Corto em dois limão
Chego o ouvido
Ao frescor
Ao barulho
À acidez do mergulho
No sangue do coração
Pulsar em vão
É bem dele É bem isso
E apesar disso eriça a pele
O sopro do coração
O sopro do coração

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
Corpo no turbilhão

Sopra doido
E o que foi do
Corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras


Habituei-me a ouvir chamarem-me de complicado, foram várias as pessoas que mo disseram. Nunca me achei dessa forma, fui descobrindo o que sou e a forma como estou na vida e com as pessoas e mantive-me sempre fiel ao que acredito e procurei sempre: ser feliz e no caminho fazer as outras pessoas sentirem-se bem comigo. Descobri cedo, que a sinceridade e a frontalidade, são "bens preciosos", que escasseiam e com isso, aprendi a defender-me... a desconfiar.
Talvez por isso, me chamem complicado, por saber bem o que não quero, mesmo sem saber bem o que quero! Não vejo mal nenhum, saber o que não quero, é no meu ponto de vista, meio passo em frente e claramente melhor do que ficar estático, sem saber o que se quer ou o que não se quer...
Quando gosto...gosto e ponto final! Faço questão de o mostrar, revelo-me e dou-me na medida maior que conheço : sou sincero!
Com as ultimas pessoas, descobri que nem sempre sou percebido e que as pessoas não procuram todas o mesmo ou simplesmente não se importam tanto com os outros, como eu imaginei e isso deixou marcas, desconfianças e inseguranças.
E talvez por isso, mudei. Penso muito mais agora, antes de dizer alguma coisa, de fazer o que quer que seja, reservo-me mais...
E também, talvez por isso, exijo mais dos outros, não escondo que não esqueço as coisas e que a confiança só se quebra uma vez...
E com tudo isso, sou hoje, muito mais ponderado do que era e sinto necessidade desse equilíbrio, dessa forma lenta de avançar, dessa confiança que se constrói, desse ritmo lento da conquista e do conhecimento.
Por outro lado, sinto a falta da insegurança, das borboletas no estômago, da sensação de euforia, de sair a correr e esquecer responsabilidades e de acreditar que uma boa noite de sono resolve até a maior das asneiras...
Não sei se sou de facto complicado... mas até talvez seja!

4 comentários:

Mariana disse...

Ouve lá, tu mudaste pra S. Paio e não me disseste nada?
Agora só pões fotos da terrinha... começo a desconfiar. Não serás tu o dono da roulote estacionada ao pé da igreja?
I'm watching you!

Zé Carlos disse...

Não mudei p/ Sampaio, mas quem sabe um destes dias não me mudo p/ perto...

Bjo

ah a Roulote não é minha :-)

Anónimo disse...

Bjo grande para ti Zé!!
Complicado? Sim... Tudo!! E as pessoas ainda tem o dom de complicar ainda mais o que às vezes é tão simples!!
Não me canso de te dizer mas adoro ler-t!! Sinto-me mais perto de mim mesmo e sinto que não sou a única!!
Fica bem... Vou passando aqui! Gosto deste teu novo espaço!! ;)

Anónimo disse...

Olá "gemea mais nova", tb gosto que venhas ca ler e deixar comentários.
As complicações foram feitas, para as descomplicarmos... :-) acho eu.
Algumas dão é mais luta.
Beijo grd e bom fim de semana prolongado ainda por cima. Aproveita bem. bjo