sexta-feira, 8 de outubro de 2010


(fim do dia - Esposende -2009?)
À distancia, vejo-te pálida, sem cor. Um pouco como a fotografia, consegui a luz que queria nas rochas, mas perdi os laranjas e os vermelhos que se fundiam no horizonte, com o azul do céu.
Estando perto, é mais fácil ver, mais fácil alterar e controlar os parâmetros, saber pelo menos o que se está a passar. Com a distancia, aumentam os problemas, as dificuldades e acaba-se por nunca se ter bem a noção do que se está a passar.
Vais-te afastando, como se fosses tinta a diluir-se, aos poucos vais ficando cada vez mais clara, perdes contraste e saturação. Perdes cor e com isso, perco pontos que eram só teus, perco referencias a pormenores, perco-te...

Sem comentários: