sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Mesmo sem quereres deixaste a tua marca. Apareceste ao de leve, como quem não conhece e se aventura na descoberta, foste avançando, passo a passo devagar, fazendo o possivel para não seres notada. Mas eu vi-te, senti-te por perto e procurei-te em redor. Encontrei os teus olhos, fixos nos meus e percebi quando fugias de volta ao nada, de onde vieste...
Sem quereres ao avançar mesmo devagarinho, foste deixando a tua marca, suave como perfume de Verão, mas suficientemente forte para eu notar, sentir e me encantar.
Há muito que te foste, que fechaste a porta e disseste adeus. E há muito que continuo a sentir-te cá, por perto, próxima.
Os dias passam, viram noites, o sol dá lugar à chuva e as folhas que sobrevivem nas árvores e que eram verdes, são agora castanhas, amarelo pálido, sem vida. Mas as tuas marcas continuam por cá, deixadas ao acaso, sem ninguém que as transforme em memórias, momentos passados, continuam vivas, presentes, bem presentes...
Procurei-te na altura e continuo a fazê-lo, não esqueci o silencio dos sorrisos ou o som das palavras trocadas com olhares.
Não tenho muito, deixaste-me pouco mais que lembranças... Mas são as marcas, que foste deixando sem queres e sem saber que o fazias, que mais me fazem lembrar de ti...

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