quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Continuam as recordações, as noites em que o sono chega já de madrugada e os pensamentos gravitam em torno de relações, pessoas de momentos que passaram.
Este texto, descobri estes dias num rascunho em papel, mas também não sei, se é novo aqui...

Desde que não estejas comigo estarás sempre longe...

O mais é engraçado da vida, são os encontros e desencontros entre pessoas que conheço e que vou conhecendo. Aliás os meus dias são assim, cheios de encontros e desencontros, repletos de sonhos e ilusões, como os de toda a gente, penso eu.
Há porém alturas, em que os dias são diferentes, a luz é diferente, o cheiro das coisas toma outra intensidade, o sabor de tudo é mais forte, as noites tornam-se dias a uma velocidade tal que mal dou pela passagem da madrugada...
O sentido das coisas muda, de dia para dia ou ao sabor das companhias, o que foi importante é agora mero episodio do passado e o contrario também é verdade, o que hoje importa foi anteriormente esquecido.
A confusão por vezes é tal, que o longe, fica perto e o perto é demasiado distante que se torna impossível de alcançar. Com tudo isto a confusão sobre a relatividade das coisas impera e analisando aos olhos da física, mas principalmente aos olhos do senso comum, de facto tudo é relativo.
No meio de tudo isto, cruzo-me com pessoas, como tu, que me enriquecem os dias de uma forma tão simples e ao mesmo tempo tão intensa, que transformam encontros normais, na melhor das recordações.
De longe, quem nos vê, imagina-nos um casal de namorados, tamanha é a cumplicidade que partilhamos.
No fundo, entre conversas e carinhos, mesmo sem o sermos, é isso que somos...
Só assim se justifica a necessidade de estar junto, a partilha, a cumplicidade, o riso...o choro. Ao longe, quem nos vê, não imagina que o que nos une é também o que nos afasta, que apesar de juntos, estamos sempre tão longe de ficarmos perto e sempre perto de estarmos longe.
Mas para mim, desde que não estejas comigo, estarás sempre longe...

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