terça-feira, 28 de setembro de 2010

Em certos dias ainda me perco nas tuas voltas, confundo-me no que me dizes e no que me mostras. As palavras não dizem o mesmo, que os teus olhos e corpo me diz e mesmo sem procurar, encontro-te no meu caminho, na direcção do meu olhar.
Descubro-te pelo riso, pela voz e conversa, pelo perfume - que reconheceria em qualquer lugar. 
"Não há passos divergentes para quem se quer encontrar", como diz o Jorge Palma, mas nem sei se é isso que queremos...
Afasto-me, afasto-te, faço birra e procuro encontrar razões que me convençam de que tenho razão para agir assim, mas perco-me em tantos planos e volto ao mesmo... ao de sempre! Ao que sou... contigo e com o mundo!
Hás dias confusos, típicos de Outono, onde o sol e o seu calor disputam com a sombra e o frio, o escorrer das horas, dias em que me perco e te arrasto nos meus sonhos e onde me encontro e com rasgos de lucidez te coloco com quem tens de estar...
Dias em que quero que o tempo passe, que chegue mais rápido o Inverno, com os seus finais de dia antecipados, para me esconder em casa e me deitar cedo. Mais uma vez e até em desejos e pensamentos a dualidade está presente: procuro fechar-me e isolar-me do mundo e de ti e ao mesmo tempo, quero deitar-me, recolher-me cedo... para que o sono chegue e com ele os sonhos que me fazes ter...

Sem comentários: