segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Palavras que nos beijam - Alexandre O’Neill
Mas há também palavras que nos magoam, por vezes quando são ditas e outras mais ainda quando ficam por dizer. As que se dizem, fruto do momento, são esquecidas com facilidade. As que se esperam ouvir e que ficam para sempre em silêncio, esquecidas... essas magoam e deixam marcas.

Os teus silêncios magoam-me mais do que qualquer palavra ou acção que possas ter... e tu sabes disso! Conheces-me!

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