sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Textos de um tempo que não volta :

(Da minha Varanda : Maio 2007)

A noite chega e com ela o sossego à rua, os cafés fecham, as pessoas voltam a casa e os carros deixam de se ouvir. O silêncio das luzes e da Lua acompanha-me num cigarro, estupidamente acesso, apenas para ver o fumo bailar entre os dedos da mão e o maço que faz agora de cinzeiro...
Os contactos do messenger há muito que desligaram e as conversas interrompidas por hoje.
O chá de menta já está frio, mas sabe bem mesmo assim, foi a companhia escolhida.
Penso em ti, penso em mim, no que te quero dizer e no que te espero ouvir. Penso em escrever-te, talvez seja mais fácil se me responderes dessa forma...
Entre silêncios e duvidas o cigarro apaga-se e o fumo termina, ainda penso em acender outro apenas para ver o fumo bailar, mas foi o ultimo.
Continuo à varanda, apesar de um certo vento, sinto-me bem cá fora. A lua entretanto já rodou mais um pouco, mas continua como companhia, ao longe e em silencio, parece que me vigia.
Lembro-me de uma frase, comentada durante a tarde : Sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura e neste momento sou enorme, vejo tanto... sonho mais ainda.
Estive a ler-te, no que me lembro das conversas, a ver-te no que me lembro dos encontros... e olho-te sobe a forma de enigma, um puzzle cheio de peças, complexo, dos que demoram tempo a descobrir e dos que valem o tempo que se demora a descobrir a solução.
Regresso ao quarto, desligo a musica mas ainda vou a tempo de ouvir :Because maybe You're gonna be the one...

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